sábado, 3 de janeiro de 2009

Coordenação da Catequese Paroquial

A EQUIPA COORDENADORA

CONSTITUIDA POR:

PÁROCO – Cónego Miguel Ponces de Carvalho
COORDENADOR – V. Dantas
SECRETÁRIA . Stella Faria
TESOUREIRO : Alberto Silva
RESPONSÁVEL PELA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA – Berta Preto
CASAL DE PAIS

DEVERES DA EQUIPA

- Programar e agendar toda a actividade da Catequese em geral. Esta programação é feita no final de cada ano Catequético ou pastoral, em ordem ao ano seguinte.

- Executar ou delegar todas as actividades programadas e outras da responsabilidade da Catequese.

- Averiguar a necessidade de recrutar novos catequistas.

- Coordenar os horários e espaços para fazer Catequese.

- Actuar movidos pelo amor e pela solidariedade no apoio a todos os problemas de catequizandos que cheguem ao seu conhecimento. E que são muitos;
dificuldades materiais, problemas afectivos, pais separados, etc.

- Criar ambiente fraterno, alegre e responsável para que a convivência do grupo
seja o maior tetemunho de actividade catequética.

- Incentivar a participação de todos os catequistas nos eventos ao nível de Zona Pastoral/ Vigararia, e nunca deixar a sua paróquia sem uma representação.
Sugerir ao Pároco que a Comunidade custeie a formação de alguns catequistas.
- Fazer-se representar no conselho Pastoral e respectiva Vigararia.

FUNÇÕES

PÁROCO
É o primeiro responsável como delegado do Bispo, na organização da catequese na comunidade cristã. A ele compete-lhe: - suscitar na Comunidade cristã o sentido da responsabilidade comum em relação à Catequese, como uma tarefa que a todos envolve, bem como suscitar o reconhecimento e apreço por todos os Catequistas e pela missão que desempenham.

COORDENADOR
É um Catequista eleito pelos outros Catequistas e pelo Pároco ou escolhido por este.
Tem por missão:
-Animar Catequistas
- Abrir novos horizontes
- Actualizar-se continuamente, estando em sintonia com as orientações diocesanas.
- Criar um clima de acolhimento, de partilha e de confiança entre todos os membros.
- Estar atento ao cumprimento do programa, aos registos de assuidade dos Catequizandos, como também dos catequistas e a sua pontualidade.
- Incentivar e auxiliar as reuniões de pais com os Catequistas.


SECRETÁRIO
Compete-lhe coordenar e executar, auxiliado por outros catequistas, todo o processo burocrático da Catequese, da forma que for definida pela Equipa.

- Programar e coordenar as reuniões dos catequistas, reuniões de Pais, com auxílio do resto dos membros.

- Registar em forma de Acta o que se passa nas reuniões.

- Coordenar todos os registos de assiduidade e transição dos Catequizandos, bem como as Fichas individuais de Catequistas.

- Comunicar a todos os catequistas as informações recebidas, através de circular, ou quadro de avisos.

- Manter um quadro de avisos com informações úteis para a Catequese, além do simpático mural de aniversariantes, mensagens e outras criatividades que possam surgir.

TESOUREIRO
A sua função é coordenar as contas e fazer os balanços. É ele que compra os materiais necessários ( Catecismos, Guias, Cartolinas, Marcadores, etc…. O Tesoureiro deve trabalhar em estreita ligação com o Conselho Económico Paroquial.

RESPONSÁVEL DA INFÂNCIA / ADOLESCÊNCIA

- Se necessário acompanha a preparação das Catequeses com os restantes Catequistas.

- Programa e prepara as Festas de Catequese com os respectivos Catequistas.
Prepara a Eucaristia com os catequizandos, Leituras, Cânticos, Ofertório, Oração dos fiéis, Acção de Graças…

- Centraliza as situações problemáticas com os Catequizandos, famílias ou Catequistas, resolvendo-os ou apresentando-os à equipa ou ao Pároco.

- Participa nas Acções de Formação.

CASAL DE PAIS

São colaboradores dos Catequistas, podendo mesmo participar nas reuniões de Catequistas e estabelecem uma ponte com os outros Pais.

TAREFAS COMUNS DA EQUIPA

Não obstante, ainda que, a cada um destes membros integrantes na equipa coordenadora sejam atribuidas responsabilidades diferentes na organização do processo catequético, esta tem também tarefas comuns, as quais devem ser realizadas com plena participação de todos os seus membros, a saber:

ANIMAÇÃO: A primeira tarefa da Equipa deverá ser a de criar condições, para que todos os Catequistas participem do trabalho realizado na Paróquia. Animar significa gerar vida e entusiasmado significa cheio de Deus. Estas duas características são importantes numa equipa, para que esta tenha capacidade de criar condições de levar todos os membros da comunidade a participar com entusiasmo e a esforçarem-se por uma busca do melhor para a Comunidade Cristã.

COMUNHÃO FRATERNA: A Equipa coordenadora deve fomentar a comunhão fraterna entre os Catequistas, para que estes se tornem testemunhas vivas daquilo que anunciam, assim a Equipa deve:
- Incentivar um bom nível de relacionamento interpessoal entre o grupo de Catequistas.
- Ajudar cada um a conviver com as diferenças uns dos outros.
- Proporcionar espaços de Partilha construtiva, numa visão de fé.
- Criar um ambiente fraterno, de alegria e responsabilidade, para que a convivência do grupo se torne um bom testemunho na Comunidade Cristã.
- Promover a Acções de Formação permanente.

Antes de anunciar a Palavra de Deus e formar Comunidade, o grupo de Catequistas deve formar, entre eles, uma verdadeira Comunidade de discípulos de Cristo, que sirva de ponto de referência para os Catequizandos.

MOBILIZAÇÃO: A Equipa coordenadora deve promover a união entre todos, apesar das diferenças pessoais de cada um. Esta mobilização deve passar por todas as pessoas que formam a Comunidade, através de uma boa articulação e coordenação, sempre numa linha de co-responsabilidade.

PLANIFICAÇÃO ANUAL: Uma boa organização parte sempre de uma boa avaliação de final de Ano. Assim, ao terminar o Ano Pastoral, já se deve planificar o Ano seguinte.
No que respeita à planificação de cada ano catequético, o catequista responsável de cada Ano e seus colaboradores devem planificar o seu ano Catequético tendo em atenção a planificação geral da Catequese. É conveniente conjugar bem o tempo, tendo presente cada bloco, e ao mesmo tempo, o caminhar do ano litúrgico.


DEZ MANDAMENTOS PARA PAIS COM FILHOS NA CATEQUESE

1.Não somos uma ilha. Assim como precisamos da família e da sociedade, para fazer nascer e crescer o nosso filho, mesmo que a primeira responsabilidade seja sempre nossa, também precisamos da Igreja, para que o nosso filho, renascido pelo Baptismo, cresça connosco na fé.

2.Não nos bastamos a nós próprios na educação da fé, mesmo que sejamos os primeiros catequistas dos nossos filhos. Os catequistas da nossa paróquia estão à nossa disposição, não para ser nossos substitutos, mas para se tornarem nossos colaboradores na educação da fé. O seu trabalho, feito em comunhão com a Igreja, será sempre em vão, sem o nosso empenho e colaboração!

3.Não faltaremos à Catequese. A Catequese não é um «ensino» avulso e desorganizado. É uma educação da fé, feita de modo ordenado e sistemático, de acordo com o programa definido pelos Catecismos. As faltas à Catequese quebram a sequência normal da descoberta e do caminho da fé. Velaremos pela assiduidade dos nossos filhos. E pelo seu acompanhamento, num estreito diálogo com o pároco e os catequistas.

4.Não esperamos da Catequese que faça bons alunos. Antes, pretendemos que ela nos ajude a formar discípulos de Jesus, que O seguem, em comunidade. Não desprezaremos a comunidade dos seus discípulos, a Igreja, nos seus projectos, obras e iniciativas.

5.Não queremos, apesar de tudo, que a Catequese seja o nosso primeiro compromisso cristão. Participar na Eucaristia Dominical é um bem de primeira necessidade. Saberemos organizar a agenda do fim-de-semana, pondo a Eucaristia, em primeiro lugar. Custe o que custar!

6.Não queremos que a Catequese substitua as aulas de Educação Moral e Religiosa Católica nem o contrário. Porque a Catequese, não é uma “aula”, em ambiente escolar, dirigida sobretudo à inteligência, e destinada a articular a relação entre a fé e a cultura. A Catequese é sobretudo um “encontro”, no ambiente da comunidade, que se dirige à conversão da pessoa inteira, à sua mente, ao seu coração, à sua vida. A disciplina de EMRC e a Catequese não se excluem mas implicam-se mutuamente.

7.Não estaremos preocupados por que os nossos filhos “saibam muitas coisas”. Mas alegrar-nos-emos sempre, ao verificarmos que eles saboreiam a alegria de serem cristãos, e vão descobrindo, com outros cristãos, a Pessoa e o Mistério de Jesus, o Amigo por excelência, o Homem Novo, o Deus vivo e o Senhor das suas vidas!

8.Não exigiremos dos nossos filhos, o que não somos capazes de dar. Por isso, procuraremos receber nós próprios formação e catequese, para estarmos mais esclarecidos e mais bem preparados. Procuraremos estar onde eles estão. Rezar e celebrar com eles, de modo a que a nossa fé seja vivida em comum na pequena Igreja que é a família e se exprima na grande família que é a Igreja.

9.Não exigiremos dos nossos filhos o que não somos capazes de fazer. Procuraremos pensar e viver de acordo com os valores do Evangelho. Sabemos bem que o testemunho é a primeira forma de evangelização. Deste modo, eles aceitarão melhor a proposta dos nossos ideais e valores.

10.Jamais cederemos à tentação de “mandar” os filhos à Catequese, para nos vermos livres deles ou para fugirmos às nossas responsabilidades.

DECÁLOGO SOBRE A CATEQUESE

1. A comunidade cristã é o sujeito, o ambiente e a meta da Catequese. Família, Catequese e Paróquia, assumem, em comunhão, a responsabilidade por criar o ambiente, onde a fé de cada um possa crescer com o testemunho dos outros, esclarecer-se com a ajuda dos demais, celebrar-se em comum e manifestar-se a todos. Ninguém cresce sozinho e pelas suas mãos, como ninguém cresce na fé, sem a fé dos outros e sem a graça de Deus. É no testemunho vivido da fé, que a Catequese encontra a sua base de apoio!

2. A vida “em grupo” e entre os grupos de catequese, no seio da comunidade, é já uma experiência do ser e do viver em “Igreja”. O ambiente de participação activa e de responsabilidade comum, por parte de todos, quer nas celebrações, quer no compromisso efectivo, nas várias obras, iniciativas e actividades da Paróquia, facilitarão a consciência de sermos “discípulos” de Jesus, numa “Igreja”, chamada a ser comunidade e família de irmãos!

3. Entre os vários modos e momentos de evangelização, a Catequese ocupa um lugar de destaque. Ela preocupa-se por anunciar a Boa Nova, àqueles que, de algum modo, já foram, ao menos, alguma vez, sensibilizados, seduzidos, ou tocados pela beleza da pessoa de Cristo. Espera-se que, de um modo organizado, esse primeiro anúncio, seja, a seu tempo e com largo tempo, esclarecido de boa mente, acolhido no coração, e que dê frutos de vida nova. E que essa vida nova seja expressa, partilhada e fortalecida, no encontro fiel da comunidade com Cristo Ressuscitado, na celebração dos sacramentos, particularmente da Eucaristia e da Reconciliação.

4. Na verdade, a vida cristã é um facto comunitário! E se alguém, por hipotética ocupação, não pudesse dispensar mais que uma hora, por semana, para “estar com o Senhor”, deveria reservar esse tempo, para a participação na Eucaristia Dominical, que é verdadeiramente o ponto de chegada, o ponto de encontro e o ponto de partida da vida e da missão da Igreja. A “catequese” não é “um à parte”, uma “hora” para a educação religiosa ou cívica, como se fizesse algum sentido preocupar-se por não faltar a um encontro de catequese e faltar, sem qualquer justificação, à celebração da Eucaristia e aos compromissos com a vida da comunidade.

5. A Catequese não é uma “aula” de religião ou de moral, nem se dirige somente à capacidade de aprender e de saber bonitas coisas acerca de Deus, acerca dos sete sacramentos, dos dez mandamentos, da Igreja, da vida eterna. A Catequese propõe uma Pessoa e não uma teoria: “Jesus Cristo é o Evangelho, a Boa Nova de Deus”. Nesse sentido, a catequese é evangelizadora, se levar os catequizandos à descoberta, à amizade e ao seguimento de Jesus. Sem essa adesão vital de coração, à Pessoa de Jesus Cristo, qualquer “Moral” se tornará um peso, em vez de se oferecer como um caminho de libertação.

6. Frequentar a Catequese, é bem mais do que “ir à doutrina”. A Catequese é uma “educação da fé” e da “fé” em todas as suas dimensões. O mero conhecimento da “doutrina” sem a celebração e sem a sua aplicação à vida, faria da fé uma bela teoria. A celebração, sem o conhecimento dos seus fundamentos, e desligada da prática da vida, tornar-se-ia, por sua vez, incompreensível e incoerente e até mesmo “alienante”. Todavia, uma fé, proposta e transmitida, que não se aprofunde na experiência da oração, jamais conduzirá a uma relação pessoal com Deus. Ora a fé, pela sua própria natureza, implica ser conhecida, celebrada, vivida e feita oração. Só assim se “segue” verdadeiramente Cristo, com toda a alma e de corpo inteiro!

7. A fé, no contexto em que vivemos, é talvez, mais uma «proposta» de sentido para a vida, do que um mero acto cultural de “transmissão”. ninguém propõe O que desconhece, nem dá O que não tem. Mas quem tem fé, e a vive, não pode deixar de a “apegar” aos outros e de a propagar a todos. Na educação da fé, tem papel decisivo o “testemunho” e o “entusiasmo” de todos aqueles que, na comunidade, se tornam portadores e servidores da alegria do Evangelho. Uma fé que não se apega, apaga-se!

8. Mais do que se preocuparem, porque não sabem o que responder aos filhos… os pais deveriam procurar “descobrir com os filhos” a Boa nova que eles receberam na Catequese, “rezar com eles”, participar com eles na celebração da Eucaristia. Então as respostas, serão encontradas na vida comum da fé, partilhada em família e em comunidade. Nada disto impede os próprios pais, de procurar integrar um grupo de Catequese, paralela à dos filhos, que os ajude a aprofundar as razões da sua fé, em relação com a cultura e com as responsabilidade sociais, familiares e eclesiais, que assumem diariamente.

9. Pedir a Catequese para os filhos e pôr-se “de fora”, em tudo o que se refere à vivência e à celebração da fé, cria uma “divisão” interior, uma vida dupla, que impede, quem quer que seja, de descobrir e construir a sua própria identidade cristã. Frequentar a Catequese não significa “ter uma aula” por semana, para garantir um diploma, uma festa ou um sacramento no fim do ano. Pedir a Catequese implica comprometer-se a caminhar com toda a comunidade, no anúncio feliz do Deus vivo e na experiência maravilhosa do encontro com Ele.

10. Não faz parte das tarefas da Catequese ocupar os tempos livres, ensinar regras de boa educação ou esgotar o tempo a “decorar” as fórmulas das orações comuns dos cristãos. Mesmo esperando que todo o ambiente de Catequese seja educativo e que tais orações sejam assumidas e bem compreendidas, são tarefas da catequese iniciar as crianças e adolescentes no conhecimento da fé (que se resume no Credo), na celebração (dos sacramentos), na vivência (atitudes de vida) e na experiência pessoal da fé (oração). E isso é obra de todos nós, que somos, mais uma vez, “convocados pela fé”.

Sem comentários: